O processo de conformação da matéria-prima é essencial para se obter diversas peças metálicas utilizadas na indústria. Utiliza-se, para tal, moldes dentro dos quais os metais sólidos são compressados. A deformação então é feita para que as peças preencham os moldes. Em alguns casos, a matéria é esquentada para facilitar o processo de compressão.

As ferramentas utilizadas nesse processo mecânico de conformação variam em tipo e tamanho. A depender do que se está fabricando, pode-se utilizar desde pequenas matizes a grandes cilindros. Essas ferramentas irão dar as características essenciais às peças, e são usadas de acordo com o tamanho, a forma, a natureza da matéria, etc. O que irá influenciar no processo de fabricação, além da temperatura, é o grau e a velocidade de deformação.

Conformação quente, fria e morna

O trabalho de conformação pode ser feito a frio, morno ou quente. Veja as características de cada processo:

• Quente: É utilizada uma alta temperatura para que a peça seja deformada ao mesmo tempo em que se recupera e se recristaliza. A alta temperatura faz com que haja uma vibração térmica bastante intensa, de modo que os átomos difundem-se e mobilizam-se rapidamente. Isso faz com que a estrutura distorcida seja logo substituída pela formação de novos grãos livres de deformação.

• Morno: No trabalho realizado a morno, a tensão de conformação está situada entre os processos a quente e a frio. Aqui, os átomos também sofrem de mobilidade. Mas nesse caso não há uma recristalização, isto é, não se formam novos grãos na estrutura. A ductilidade do material é recuperada lenta e parcialmente. Por causa disso, mais trabalho é despendido na conformação.

• Frio: Os processos de recuperação e recristalização não são efetivos no trabalho a frio. Por causa disso, a energia necessária na deformação é muito maior que nos dois processos anteriores. Como o encruamento não é aliviado, a tensão tende a aumentar com o processo de deformação. Dessa forma, é mais difícil haver uma deformação total, ainda que seja possível realizá-la sem com que haja fratura no material.

Principais formas de conformação

Existem hoje centenas de processos únicos de conformação. No entanto, todos podem ser agrupados em algumas categorias. Essas possuem alguns critérios, como a força utilizada para deformar o metal, a espessura da peça, o objetivo da deformação e o método de operação. As categorias principais são:

• Forjamento: É utilizada uma ferramenta chamada matriz ou estampo para fazer o material assumir a forma desejada. A matéria é forjada por meio de um esforço compressivo, fazendo com que ela assuma a forma da própria ferramenta conformadora.

• Laminação: Trata-se de um conjunto de processos que reduzem o tamanho do material até atingir a forma ideal. Para isso são usados cilindros que giram para mudar a seção transversal da pela. Através da laminação são feitas placas, chapas, barras, trilhos, tubos, entre outros.

• Conformação de chapas: É um conjunto de processos que permite dar a forma ideal a chapas. Entre as operações estão o corte, embutimento, estiramento e o dobramento.

• Trefilação: Uma barra, tubo ou fio podem ter sua seção transversal diminuída através de uma operação de trefilação. É utilizada uma ferramenta com forma de canal convergente chamada trefila (ou fieira), que puxa a peça para lhe dar a forma.

• Extrusão: Usa-se da força para empurrar a peça contra a matriz conformadora, reduzindo seu tamanho. Esse processo permite conformar perfis, tubos e barras.

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