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Os aços inoxidáveis martensíticos são reconhecidos pela sua alta capacidade de resistir às oxidações causadas pela atmosfera. A base da composição desse tipo de aço são os elementos ferro e crômio. No entanto, outros compostos podem ser adicionados de acordo com a finalidade que se deseja. Os mais conhecidos são molibdénio e o níquel, que lhes confere a maior resistência à oxidação.
A resistência à corrosão se dá por conta da presença de vários elementos, mas o principal deles é o crómio. Este elemento é, na verdade, um aço oxidável. O crômio quando entra em contato com o oxigênio presente no ar, acaba oxidando, formando assim uma “camada passiva”. Essa camada é uma película de óxido de crómio – Cr2O3, que tem uma espessura fina, mas que é capaz de proteger toda a superfície do material.
Além disso, pela sua espessura, o metal não perde a sua capacidade de brilho, uma vez que a superfície protetora não interfere na relação com a luz ambiente.
Para que o metal seja de fato “protegido” e não sofra oxidação, é necessário pelo menos, 11% de massa de crómio na composição do aço.
Os aços inoxidáveis são classificados em famílias, de acordo com a sua microestrutura. As famílias de aços inoxidáveis mais conhecidas, são: os martensíticos, os austeníticos, os ferríticos, os Duplex e os endurecíveis por precipitação.
Os aços inoxidáveis martensíticos são assim denominados porque apresentam em sua composição, menos que 0,1 % de carbono, teores de cromo que variam de 12 a 18 % e teores de níquel, variando de 2 até 4 %. A combinação desses elementos é o que garante a dureza e a alta resistência do aço, principal característica dos aços inoxidáveis martensíticos. Para essa resistência, é necessário, no entanto, que a austenitização seja realizada em temperatura média de 1100ºC.
Por essa qualidade de dureza e grande resistência a oxidação, os aços inoxidáveis martensíticos são utilizados em objetos de cutelaria, como tesouras e facas, instrumentos cirúrgicos, como tesouras cirúrgicas e bisturi, peças de aeronave e peças marinhas, lâminas de barbear e ainda, nos componentes em contato com os alimentos utilizados pela indústria alimentícia.
Os aços inoxidáveis martensíticos também são divididos de acordo com a sua finalidade e a sua composição. Os aços inoxidáveis martensíticos ferríticos, por exemplo, são formados com teores menores que 0,5% de carbono e 16% a 30% de cromo. A característica ferrítica não se altera mesmo em temperaturas muito elevadas, pois a taxa de cromo é alta o suficiente para manter o material inalterável. A grande concentração de cromo também possibilita a formação da fase sigma, ou seja, torna variáveis as qualidades de ductilidade e tenacidade do aço. Mas, mesmo assim, essas qualidades podem ser restabelecidas através de um processo longo de aquecimento a 800-850ºC, quando ocorre a transformação em ferrita.
Os aços inoxidáveis ferríticos pertencem a Família normativa 430, 409 e 410S e também possuem alta resistência à corrosão, que pode ser intensificada ainda mais através de trabalho a frio. São utilizados assim como os martensíticos, em peças de cutelaria e instrumentos gerais.
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